sábado, 27 de abril de 2013

A sociedade contra a inflação



Ana Shirley de França Moraes

Quem vai às compras consegue perceber como os preços aumentaram. O tomate a R$10,00 o quilo, o presunto a R$30,00. Trata-se de produtos que não fazem parte da cesta básica, facilmente substituídos por outros, tanto nutritivamente como gastronomicamente. O fato indica que é preciso tomar posições. Abolir os supérfluos na alimentação e buscar novas opções mais saudáveis são formas de evitar gastos desnecessários e o aumento da inflação, assim como mudar a mentalidade do “posso pagar” e do “quero mais lucro”.

Economicamente falando, a Inflação é a queda do valor de mercado ou poder de compra do dinheiro. Contudo, popularmente, é usada para se tratar o aumento geral dos preços. As donas de casa que vão às comprar podem mensurar de perto como os produtos aumentaram. Não foi o feijão, o arroz, o leite e a carne que sofreram aumento, foram produtos de segunda necessidade que se podem substituir facilmente na mesa dos brasileiros.

Se o tomate subiu, devem-se comprar outros legumes e frutos mais baratos que se encontram nas prateleiras, cuja maior oferta faz com que seu preço caia. Se a marca usada de um produto está cara, substitua o mesmo produto por outra mais barata. São cuidados assim que as donas de casa e aqueles que abastecem uma casa ou uma empresa devem ter.

Ouve-se falar: “ A Presidenta Dilma nos enganou...Disse que ía abaixar os preços, e eles só subiram...”. Engano, os preços da cesta básica das famílias baixaram. Veja o arroz, o feijão, a carne, o café, todos em preço controlado e de baixo valor para consumo. A Presidenta não nos enganou, ela cumpre com o propósito que delineou para seu governo: olhar pelos pobres e terminar com a miséria no país.

Por sua vez, empresários e classes mais abastadas economicamente também precisam dar o seu quinhão. Donos de grandes empresas devem diminuir a busca do ganhar sempre mais e buscar contribuir com o seu país, sem que ninguém os controle ou lhes inflija uma pena. As classes mais favorecidas, mesmo com a possibilidade de comprar a qualquer preço, não devem consumir produtos e serviços majorados, no objetivo de que os preços caiam por falta de demanda.

Como se pôde perceber, a sociedade como um todo pode e deve contribuir. Um governo não “governa” sozinho, depende do povo, pois é ele que, legitimamente, coloca nos seus devidos lugares o Presidente, os Senadores, os Deputados e todos os seus representantes encontrados no cenário político nacional.

Por isso, é preciso conclamar a sociedade brasileira para mudanças efetivas dos hábitos de consumo, é preciso modificar a metalidade empresarial do país, em suas atitudes de fome e ganância pelo lucro excessivo. O lucro não é fato de vergonha, mas a expoliação pelo lucro é indigna, seja qual for o tipo.

Assim, donas de casa, trabalhadores, pessoas bem intencionadas deste país devem ser evocados: não podemos contribuir para que os preços aumentem e deem aos empresários mais lucros. A inflação traz sacrifícios para as famílias e a todos aqueles que precisam manter seus lares. É hora de união e força em prol do NÃO aos preços altos e àquilo que não vale o preço ofertado no mercado. “Um amor puro não sabe a força que tem”, e infelizmente, o povo ainda não sabe.

Ana Shirley de França Moraes – Administradora e Professora Universitária.

E-mail: anashirleyfm@yahoo.com.br