* Luiz Igrejas
Luiz Igrejas tem, juntamente com sua Diretoria, participado de todas as reuniões e eventos cujo tema principal é o futuro da região.
Em virtude da intensa programação até o ano de 2016, muito terá que ser feito pelos poderes Executivos Federal, Estadual e Municipal, em boa hora falando a mesma linguagem visando à conclusão das grandes obras de infraestrutura na data prevista, muito embora saibamos que grandes obstáculos irão aparecer e esperamos as suas superações. Até agora a cidade tem suportado bem alguns obstáculos de grande porte como foram as Olimpíadas Militares e o Rock in Rio.
Entretanto, há de se pensar o que nos espera daqui para frente dada à quantidade de obras previstas e várias delas já em andamento em decorrência do ano de 2016. A cidade do Rio de Janeiro e, em especial, a Barra da Tijuca, Recreio e Jacarepaguá, conta com grandes lideranças comunitárias todas elas irmanadas por um futuro promissor para suas comunidades cobrando dos seus governantes trans parência e diálogo.
O Cidade da Barra indaga de nós qual será o futuro da região? Esperamos que seja promissor e que seus habitantes tenham uma vida digna com transportes, habitação, saneamento, educação, enfim coisa que todo o brasileiro merece e que deve cobrar sempre dos governantes.
A AMAR, especialmente no que se refere ao transporte, vem trabalhando com afinco para que o Jardim Oceânico em 2015 conte com o metrô linha 4 concluído com o trajeto Cidade a Alvorada permitindo assim que a grande quantidade de carros deixem de trafegar solitariamente, isto é, com um único ocupante, que é da nossa tradição.
Quanto à região, é de se ressaltar o trabalho do município em dotá-la de meios de transporte diversificado, ampliando a sua malha viária com abertura de túneis, construção de viadutos e alargamento de ruas e avenidas.
* Luiz Igrejas é advogado e Presidente da AMAR – Associação dos Moradores e Amigos do Tijucamar e do Jardim Oceânico
* Paulo Bittencourt
Os legados deixados pelos jogos Pan Americanos de 2007 para nossa região não podem servir de parâmetro para o período 2011 - 2016. Naquela ocasião
alguns empreendimentos da gestão do prefeito anterior se tornaram quase nulos, se considerarmos uma
comparação entre os DITOS LEGADOS propagados pelo mesmo. Nossa conclusão revela alguns contrapontos entre o objetivo para o qual a candidatura do Pan foi construída e a realidade posterior aos jogos; um dos exemplos que se pode citar é o caso do Parque Aquático Maria Lenk, não utilizado posteriormente da maneira como havia sido projetado com também da ARENA Multiesportiva que foram entregues à iniciativa privada, mais precisamente ao grupo francês GL EVENTS, que também abocanhou o RIOCENTRO.
Algumas indagações surgiram principalmente relacionadas aos altos investimentos previstos e que, quase sempre, ultrapassam os valores anteriormente orçados e, em função disso, ainda são incógnita
para o nosso Município e, especificamente, para nossa região. As intenções e perspectivas de legados
das Olimpíadas Rio 2016 estão apenas no dossiê do evento, porém, não devem ser esquecidas ao término da competição como efetivamente ocorreu, indubitavelmente. Esperamos, sinceramente, que as
promessas sejam realmente cumpridas e não permaneçam apenas como discursos salvacionistas de candidatura de quem quer que seja. Para isso, se torna indispensável à continuidade da gestão Municipal atual independentemente das parcerias existentes com os Governos Federal e Estadual. A atual gestão, além dos espaços destinados aos eventos esportivos, tem se preocupado em outros investimentos que
efetivamente vão provocar a melho-ria da qualidade de vida do povo carioca. Os corredores de ônibus expressos e articulados (BRTs) serão responsáveis por reduzir longas distâncias de forma rápida, racional e confortável. Será assim na Transcarioca, que fará a ligação entre a Barra da Tijuca e o Aeroporto Internacional Tom Jobim, integrando e promovendo o desenvolvimento de diversos bairros da Zona Norte.
O problema do transporte em nossa cidade só será, efetivamente, solucionado quando os três níveis de governo investirem, sem maiores delongas e interesses outros, em linhas metroviárias e sistemas de MONOTRILHO pois o BRT, s.m.j. é um paliativo que não conseguirá, num futuro bem próximo, aliviar a mobilidade.
Louvamos a intenção da Prefeitura do Rio em otimizar o transporte no Rio: a
Transoeste, que fará a ligação da Barra da Tijuca a Santa Cruz, o Túnel da Grota Funda e a duplicação da Avenida das Américas; a Transolímpica, ligando o Recreio dos Bandeirantes a Deodoro a Transbrasil, do Centro também a ampliação prevista até Deodoro além da duplicação da Avenida Niemeyer e a criação da terceira faixa no Viaduto das Bandeiras (Elevado do Joá), entre Zona Sul e Barra.
De fundamental importância para os Jogos Olímpicos será a recuperação ambiental
do ecossistema lagunar, a remoção das construções irregulares às margens de nossos rios e lagoas e conseqüente desenvolvimento de projetos habitacionais para atender a demanda existente. Para toda a cidade, será colocado em prática um programa de reflorestamento e de recuperação vegetal do município com objetivo de reduzir emissões dos gases do efeito estufa e reforma, readequação e expansão da rede cicloviária a fim de reduzir o fluxo de automóveis nas ruas. Por isso, ressaltamos, como de suma importância, o METRÔ e o MONOTRILHO que sobrepondo aos BRTs´ colaborando com o meio ambiente com considerável ganho na poluição viária e ambiental !
*Paulo Bittencourt é administrador, fundador e mediador da Ouvidoria da Barra
* Alvaro Costa
A cidade do Rio de Janeiro será a sede das Olimpíadas de 2016 e os preparativos para os Jogos já começaram. A previsão é que sejam gastos cerca de R$ 25,9 bilhões no projeto para as Olimpíadas do Rio 2016. Devemos buscar influir para garantir que o evento traga benefícios de longo prazo para a cidade e seus habitantes. As associações de moradores devem fiscalizar.
Aproveitar instalações dos jogos Panamericanos é uma solução sustentável, que evita o desperdício. Não podemos investir em estruturas gigantescas que depois dos Jogos não encontram
utilidade, mas em estrutura permanente, modernizando a cidade e minimizando a desigualdade, como legado urbanístico e transporte público de qualidade. Entretanto, nada se discute sobre a racionalidade e incertezas do investimento econômico. A experiência da Grécia parece ter sido para pior. O investimento feito para atender a um evento de algumas semanas de duração desviou (aqui não estou falando necessariamente de corrupção) dinheiro e recursos necessários e preciosos de uma economia que tem imensos problemas. Aqui, sistemas de transporte de massa foram planejados (mas não necessariamente
executados). Queremos, o bonde circular nos bairros, integrados ao metrô racional, ao monotrilho, e ao trem, agilizando o deslocamento entre bairros e regiões. Não há tempo a perder, ou perderemos a oportunidade única de modernizar o sistema de transporte. Temos imensos problemas de infraestrutura a serem resolvidos que podem sê-lo mal ou bem. Damos como certo os benefícios das Olimpíadas em longo prazo, mas Governo do Estado ignora de que forma e com quais recursos será construída a tão esperada Linha 4. Está improvisando. Do traçado original, só estão garantidas as estações do Jardim Oceânico e de São Conrado,
Na área social, o esporte gratuíto é ferramenta para formação das crianças. O atrativo é viabilizar o jogar e brincar, ocupando o tempo ocioso, superando a pobreza, e a falta de espaço nas comunidades, para que elas próprias começam a se transformar. Passem a cuidar da própria saúde, meninos de rua que deixem as drogas porque querem melhorar seu desempenho no esporte. Evento como esse requer muita mão de obra, principalmente para logística, infraestrutura e prestação de serviços, destacando o trabalho voluntário que acresce curriculo, a necessidade de milhares de pessoas que serão convocadas, e a variedade de especializações necessárias, que resulta no fato de que as oportunidades acontecem antes, durante e depois dos jogos.
Esperamos para sempre, uma nova estrutura viária que reformule a cidade, que diversifique o progresso e o lazer em oposição à concentração hoje existente na zona sul e Barra. Que novas modalidades de transporte trafeguem sobre essas vias novas, jamais limitada à expansão da linha 1 do metrô. As instalações devem ser utilizadas democraticamente por todos, as piscinas públicas frequentadas, ao contrário do que ocorre hoje na cidade das crianças.
Que o rio de Janeiro renovado pelo turismo volte a ser a Cidade Maravilhosa, desenvolvendo cada vez mais seu potencial turístico conjugado ao bem estar de sua população, o que depende de nossa vigilância proativa.
* Alvaro Costa é advogado e ex-Presidente da FAMBARRA - Federação das Associações de Moradores da Barra