Mobilização no Largo da Carioca marca o Dia Internacional pela Não Violência contra Mulheres

A manhã desta sexta-feira, 25, foi de manifestação pela não violência contra mulheres no Largo da Carioca, Centro, Rio de Janeiro. Dezenas de pessoas se uniram no local para acompanhar as ações de combate à violência coordenadas pela Rede de Desenvolvimento Humano (Redeh) em parceria com o Instituto Magna Matter dentro da campanha “Quem ama, abraça”.

“A cada duas horas, uma mulher é assassinada no Brasil.Seis em cada dez brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica. Trinta por cento das mulheres brasileiras já sofreram algum tipo de violência doméstica. A cada dois minutos, cinco mulheres são violentamente agredidas no Brasil”, reforça a coordenadora executiva da Redeh, Schuma Schumaher.

A chefe da Polícia Civil, Marta Rocha, esteve no local usando a camisa da campanha. Segundo ela, outras 11 delegadas titulares das delegacia especializadas de atendimento à mulher (Deams) foram trabalhar usando a camisa em apoio à causa. A data também foi marcada pela operação “Melhor sem Ele”, da Polícia Civilcarioca. Dezoito suspeitos de violência doméstica foram presos na capital e em sete municípios do Estado. Ao todo, foram expedidos 40 mandados de prisão. A ação teve como objetivo combater a violência doméstica e sexual contra a mulher.

A sexta-feira também foi de protesto nas capitais Porto Alegre, Vitória, Natal e Belém. O Dia 25 de Novembro marca as celebrações dos 30 anos do Dia Internacional de Luta pela Não Violência contra as Mulheres e os 20 anos dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. A ação contou ainda com performances de dança, show de rappers e customização de estatuetas femininas.

Segundo a chefe da Polícia Civil, delegada Martha Rocha, “o silêncio gera violência e o medo gera impunidade. Temos trabalhado para aumentar o número de prisões por acusações de violência doméstica. Temos metas a cumprir, já que uma pesquisa nossa mostra que a cada 20 minutos uma mulher é agredida”, complementou. As delegacias de Atendimento à Mulher (Deams) de todo o estado ficaram encarregadas da operação.