terça-feira, 28 de junho de 2011

Lixo: Um problema para a cidade às vésperas da Copa e Olimpíadas

No período de inverno, em que as chuvas ficam constantes, surge a preocupação com um problema que assola não só a cidade, mas muitos municípios do país: o lixo. Estima-se que 64% de todos os resíduos gerados nacionalmente vão parar em lixões ou aterros clandestinos, ou seja, uma verdadeira ameaça à infraestrutura urbana e ao meio ambiente.

A solução mais utilizada no país para minimizar o problema do lixo é a construção de aterros sanitários. Trata-se de áreas controladas, onde o solo é protegido, o lixo é compactado e o volume de despejo é monitorado permanentemente. No caso do lixo hospitalar a situação é ainda mais grave. “Todo resíduo infectante e perfurocortante gerado por unidades de saúde deve ser gerenciado desde seu local de descarte”, diz Fábio Santos, consultor ambiental da empresa Trusher, especializada na coleta, tratamento e destinação final de resíduos infectantes.


Tendo em vista que quinhentos mil brasileiros trabalham como catadores de lixo, este fato toma proporções ainda mais assustadoras. Caso o descarte não seja feito da maneira correta em local adequado, essas pessoas ficam diretamente expostas à contaminação.

“É importante que os geradores da área hospitalar se preocupem em saber se seus resíduos estão passando por todas as etapas de tratamento até o descarte final”, complementa Fábio. Isso porque este tipo de lixo deve ser autoclavado em altas temperaturas e descaracterizado por um processo de trituração. “Só quando o lixo infectante transforma-se em comum é que ele pode ser despejado nos aterros”, orienta o consultor, exemplificando como é feito na usina da Trusher, em Benfica.

Levando em consideração que o Rio de Janeiro tem até 2016 o compromisso de dar uma correta destinação a seu lixo, vemos, hoje, que a cidade maravilhosa tem um longo caminho pela frente.