Prezados Senhores,
Sou moradora do Residencial Borgonha na Rua Mario Agostinelli nº 150 bl.02 ap.606 há mais de cinco anos.
Há quatro meses atrás começou a ser feita no terreno contíguo à ciclovia do Condomínio a cerca de 12 metros do prédio que resido uma obra da ELEVATÓRIA DE ESGOTO CEDAE.
As máquinas de perfuração para cimentar o buraco cavado trabalham mais de 12 horas por dia, iniciando o expediente antes das 7 horas da manhã e finalizando depois das 18 horas. Vários sábados, domingos e feriados também houve expediente na obra com escavações e barulho desde antes das oito horas da manhã até parte da noite.
Consultamos a Associação de Moradores do Rio2 sobre a obra e não obtivemos resposta satisfatória. Após grande insistência junto à Associação houve a convocação de uma reunião com representante da CEDAE. Ele explicou como a obra vai ocorrer nos próximos vinte e quatro meses e esclareceu alguns pontos nebulosos como, por exemplo, a escolha do local da Elevatória.
Há um enorme terreno em volta do local escolhido para a construção e gostaríamos de saber o porquê desse sítio tão perto do Residencial, quase uma extensão de minha varanda.
A determinação foi da Secretaria de Urbanismo do Município do Rio de Janeiro. O enorme terreno é em parte da Carvalho Hosken, da Prefeitura e da Aeronáutica.
O sítio onde se encontra a obra da Elevatória era da Carvalho Hosken que permutou com a Prefeitura.
No último dia 17 de janeiro foi marcado uma reunião com o representante da CEDAE, AMORIO2, representante da Carvalho Hosken, representante da Delta (empresa executora da obra) e eu. Infelizmente aguardamos por uma hora e o representante da CEDAE não apareceu nem ligou para dar uma satisfação.
Mais uma vez fiquei indignada pela falta de consideração.
Desconfiamos que a obra não tem licenciamento nenhum junto à Prefeitura (EIA/RIMA) porque a placa que fica do lado de fora da obra não indica, prazo, valor do investimento, engenheiro responsável, empresa executora da obra e o que será a obra.
A obra desde o início vem causando enormes transtornos em minha residência. Não consigo dormir por causa do barulho e do vigia da obra, a poeira produzida pela “cimentação” causou uma alergia na pele do rosto e minha varanda de 20 m2 está inutilizável, não posso sequer ficar nela para cuidar plantas e pássaros
Sendo assim, gostaria que me orientassem quanto a qualquer medida que posso tomar seja ela judicial ou administrativa. E quais seriam os meus direitos.
Atenciosamente,
Kathia Lagôas – Moradora e Síndica do Residencial Borgonha Rio2
__._,_.___