domingo, 21 de novembro de 2010

CAMPANHA CONTRA DENGUE

Luan Seixas

Rio vai reforçar campanha contra dengue
para evitar epidemia

Com 20% dos municípios em estado de alerta, a Secretaria Estadual de Saúde e a Defesa Civil do Rio de Janeiro (Sesdec) vão intensificar a campanha Rio contra dengue, priorizando os municípios classificados como os de maior risco de epidemia da doença.
O novo mapa de infestação do Aedes aegypti, divulgado em 13 de novembro pelo Ministério da Saúde, põe em estado de alerta 19 cidades fluminenses, incluindo a capital. Entre as ações de combate ao vetor da dengue, a secretaria informou que vai enviar bombeiros para as cidades que apresentam carência de agentes de controle - cerca de 3 mil trabalharão para eliminar focos do mosquito.
As autoridades de saúde acompanham os indicadores epidemiológicos que apontam para a circulação do vírus tipo 1, que não era registrado desde a década de 1990.
O levantamento do Ministério da Saúde considera em estado de alerta os municípios que apresentam índices de infestação entre 1% e 3,9% dos imóveis.
Das 55 cidades fluminenses que enviaram informações para o ministério, nenhuma apresentou infestação superior a 3,9%, mas, entre os casos críticos, Itaguaí registrou o pior Índice de Infestação Predial (IIP) do Estado, de 2,7%.
A prefeitura de Itaguaí, no entanto, minimizou os dados do Ministério da Saúde. O secretário de Saúde de Itaguaí, José Carlos Graça, admitiu apenas que "existem alguns casos, dentro do controle, nenhuma coisa alarmante". A prefeitura admitiu, porém, que não está promovendo nenhuma campanha de prevenção e combate à dengue "além daquela considerada trivial e constante".
Dengue no Rio
Há um mês passado, a prefeitura do Rio usa o fumacê para combater o mosquito. Bairros das zonas norte e sul já foram beneficiados. Desde janeiro, a capital registrou cinco mortes provocadas pela dengue. Em todo o Estado, já chega a 40 o número de mortos. Até outubro, foram registrados 2.488 casos da doença em todo o Estado, menos que no ano passado, quando houve 2.194 casos de contaminação e 14 mortes, segundo dados da Sesdec.