domingo, 31 de outubro de 2010

URNAS ELETRÔNICAS : O QUE ESPERAR DELAS ???

Por : Pettersen Filho


Seladas, testadas, averiguadas, rotuladas, avaliadas, registradas, carimbadas, como a “Espaçonave” do Carimbador Maluco –Raul Seixas -, as Urnas Eletrônicas, “Vilãs”, para uns, “Heróicas”, para outros, enfim, partiram para as suas respectivas Zonas Eleitorais, Brasil a fora, pondo fim às mais acirradas disputas eleitorais, desde a recente redemocratização do País, com vistas a proclamar o mais novo “Ocupante” do Palácio do Planalto, para o período 2011/20015.
Saia, no entanto, que resultado sair de seus Circuitos Integrados e Condensadores Eletrônicos, nesse dia 1º de Novembro de 2010, as tais “Engenhocas Eletrônicas”, realização máxima da jovem Democracia Tupiniquim, pelo menos o é, em seus aspectos “Tecnológicos”, ademais, não são alcançados, nem de longe, nem pela Sólida e Convicta Democracia Americana, ou Francesa, por exemplo, cujo “Atraso”, e “Processo”, ainda obriga que seus Cidadãos recorram a velha Cédula Eleitoral, feita de papel, e à caneta esferográfica, fazendo com que sejam muitos os envolvidos, a cada pleito, demandando dias e dias de Apuração, enquanto se aguarda seu eventual Resultado, ao passo que, aqui, no Brasil, nesse aspecto, muitos “Bites & Chips” de desenvolvimento, a mais, um simples “Comando” dos nossos “Hábeis” Técnicos de Informática, e Processadores de Dados, fazem com que todos os Brasileiros, ao vivo e a cores, saibam, em Rede Nacional e “Instantaneamente”, quem foi, efetivamente, o Eleito, apenas poucos minutos após o “Fechamento” das Zonas Eleitorais.
Maravilha absoluta da “Tecnologia Tupiniquim”, jamais alcançada ou conhecida, nas Democracias mais Avançadas do Mundo, Inglaterra, França, Suíça ou Suécia, a “nossa” Urna Eletrônica, uma “Espécie”, desculpem-me a insistência, quanto ao “Termo”, por demais repetitivo, mas não encontro outro a altura: “Tupiniquim”, Empurrada goela abaixo de todos os Brasileiros, como a “Solução Final”, perfeita e indelével, a que todos nós, Brasileiros, devemos nos acostumar, “Insuspeitas”, e absolutamente “Confiáveis”, aptas a expressar, instantaneamente, a baixos custos, e em tempo real, a “Real” Expressão dos Votos praticados, no Continental Brasil, sem que sobre elas, Urnas Eletrônicas, recaiam qualquer “Suspeitas”, graças, mais uma vez, a Maravilha Tecnológica da “Ciência” Tupiniquim, avaliadas, registradas, rotuladas, seladas e carimbadas pelos nossos “Técnicos”, graças a Redes Fechadas de Transmissão de Dados e Mensagens Cliptografadas, impossíveis de serem invadidas ou sabotadas, é, enfim, a “Saga” Tecnológica Máxima da Engenharia Brasileira.
Assim é que, enquanto se discute, se são Legítimos, ou Não, “Confiáveis”, ou, antes pelo “Contrário”, o “Resultado” que das Urnas Eletrônicas saem, prestes a serem dotadas de “Outra” Revolucionaria Tecnologia, a “Identificação Biométrica do Eleitor”, através da Impressão Digital, o que afastará de vez a possibilidade de adulteração, por exemplo, de que um Eleitor passe-se por outro, fraudando o Voto, entregues ao “Caráter”, e “Honradez” de uns “Poucos” Técnicos do Setor, Analistas de Sistemas e Programadores, cuja Ciência e Conhecimento, quiçá, Boa Fé, muito acima de nós, meros “Mortais”, Brasileiros, que temos que digerir, seja qual seja, o “Resultado” que eles proferirem, até por não termos, na condição de “Meros” Eleitores, parâmetros para averiguar-lhes a Competência, e Idoneidade Política, ao longo da discussão, no entanto, o que se constata é que foram essas Eleições, indiscutivelmente, até como reflexo do atual Quadro Político/Partidário, o que de mais baixo, e vil, houve no Brasil nos últimos anos, recheada de denúncias de Corrupção e engajamento fisiológico, jamais debatidos, durante o Processo, quem, fatalmente, avalizarão o próximo Presidente da Republica, a atribuir-lhe a indispensável Legitimidade.
Dessa forma, “Técnicas”, “Modernas”, “Hábeis”, as tais Urnas Eletrônicas, indiscutivelmente, “Feito” da Engenharia Moderna, se, por um turno, possibilita o alcance de Resultados Instantâneos, retirando do Pleito a possibilidade da Insegurança Jurídica, indispensável ao seu Resultado, por outro turno, acabou com aquilo que era, em “Outros Tempos”, a verdadeira Saga, enfim, a “Festa” da Democracia Brasileira, Pais a fora, em que verdadeiras Legiões de Fiscais de Partido, Juizes Eleitorais e Candidatos se engalfinhavam, nos Ginásios de Esporte e Escolas Públicas, no “Processo”, esse sim, Cívico, e legitimo, de “Apuração”, Voto-a voto, do que era nas Urnas de Papelão ou Saco de Pano, depositado......
Infelizmente, legitimidade, e “Processo”, que, hoje, não se dá mais, para melancolia e frieza do atual Processo Eleitoral .
Enfim, “Modernas”, “Tecnológicas”, “Desenvolvidas” e “Limpas”, evidentemente, as Urnas Eletrônicas, o são...
Contudo, em pleno Século XXI, completamente incapazes de “Imprimir” um simples Voto, que possibilite ao Eleitor, ao Político ou à Justiça Eleitoral, avaliarem-lhe, eventualmente, a Boa Fé ????
Parece-nos, novamente, enfim, um absoluto Contrasenso.

Crônica originalmente postada em www.paralerepensar.com.br


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