Uma reportagem televisiva, nesta semana, mostrou o quadro fúnebre em que se encontram os hospitais da Prefeitura do Rio. Nem parece que há uma parceria cantada em verso e prosa entre LULA, CABRAL e PAES. As propagandas oficiais dizem isto, mas, na prática, é uma ilusão. Os hospitais Paulinho Werneck, na Ilha do Governador, Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Souza Aguia, no Centro e Miguel Couto têm pacientes em macas jogadas pelos corredores; não há médicos suficientes; as famílias têm que trazer de casa as roupas para os pacientes; não há equipamentos funcionando como raios X; muitos pacinetes voltam para casa, sem atendimento, depois de longa espera ou marcam para daqui a dois ou três meses o atendimento. Os banheiros não funcionam. Segundo diretores do Sindicato dos Médicos, a mortalidade no setor de emergência do Souza Aguiar atingiu a mais de MIL MORTES nos últimos 8 meses. Afirmaram ainda que a mortalidade nessa Unidade foi superior à que ocorreu na Guerra do Iraque, no seu auge, quando, em oito meses de luta, morriam 700 pessoas. Nesse hospital, nos corredores, cerca de 150 macas com pacientes ficam jogadas pelo chão, em espaço que só caberiam 26. E a Prefeitura está gastando dinheiro em propaganda televisiva sobre 20 Clínicas da Família, em lugar de destinar essa verba para equipar os hospitais. A evasão de profissionais da saúde atinge 70% na Cidade do Rio. Por que será que os médicos abandonam o serviço público? Reflitam e vejam as razões. Aquela história de "ESTAMOS JUNTOS" vale para a SAÚDE PÚBLICA: realmente os governos federal, estadual e municipal têm NOTA ZERO nesses serviços para atendimento à população. Pelo menos, estão sincronizados nesse quesito. Os hospitais "agonizam" e os pobres pacientes MORREM.
Célio Lupparelli