Luan Seixas
Uma barreira ecológica de 40 metros de extensão foi inaugurada no dia 5 de agosto, no Recreio dos Bandeirantes, pela Secretaria de Estado de Ambiente (SEA) e pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). A ecobarreira, custeada com recursos de compensação ambiental da Light, no valor de R$ 144 mil, impedirá que lixos e as gigogas do Canal da Sernambetiba cheguem às praias do Pontal, Macumba e Prainha, no Recreio. "Essa planta aquática (gigogas) se reproduz rapidamente em águas doces e poluídas e em grande quantidade. Com o tempo, elas apodrecem, causando assoreamento no leito dos cursos d'água e acabam nas praias, não cumprindo a função de despoluir", explicou a secretária estadual do ambiente, Marilene Ramos.
Segundo a secretária, a meta da SEA é concluir 2009 com 13 novas ecobarreiras. Atualmente, contando com a do Canal da Sernambetiba, o Rio de Janeiro instala no total nove ecobarreiras. De acordo com dados da SEA, no mês de junho, 516 toneladas de lixo foram recolhidas pelas oito já instaladas ecobarreiras da Barra da Tijuca.
Confeccionada com engradados de garrafas pet, a ecobarreira do Canal da Sernambetiba foi custeada com recursos de compensação ambiental da Light, pelo uso da Faixa Marginal de Proteção (FMP) de três rios da Bacia Hidrográfica da Região Metropolitana e revertida para a construção do equipamento e para a compra de uma embarcação.
As operações tanto da ecobarreira quanto do barco serão financiadas pela Associação dos Supermercados do Rio de Janeiro (Asserj) e executadas pela Federação das Cooperativas de Catadores de Material Reciclável do Estado do Rio de Janeiro (Febracom), com supervisão do Inea, órgão da Secretaria Estadual do Ambiente, que já inspeciona as operações de outras oito ecobarreiras - três no complexo lagunar de Jacarepaguá e cinco na Baía da Guanabara.