
Larissa Gobbi
Governantes e governados travam uma velha batalha de opiniões a respeito da construção de duas pontes na Barra da Tijuca
Com o projeto idealizado por moradores, as pontes, de fato, começaram a ser construídas, mas logo embargas por parte de divergências entre os próprios moradores da região. De um lado, há quem defenda as pontes, que funcionariam ligando a Av. Armando Lombardi à Av. das Américas, no sentido que uma ficaria do lado do Hortifruti, que beneficiaria as pessoas que saltassem no ponto de ônibus em frente à academia KS e que seguiriam para o Jardim Oceânico, e a outra ficaria ao lado do Shopping Downtown, que beneficiaria os moradores do conjunto de ilhas, trabalhadores e até turistas. Porém, há quem também seja contra as construções, pois ela bloquearia a passagem de barcos que, por acaso, viessem a atravessar o canal.
Entre a batalha de egos dos moradores, quem sai perdendo, de fato, é o trabalhador que vem de longe, em condições precárias de transporte e ainda tem que arriscar sua vida sobre uma estreita passagem, onde apenas uma pessoa por vez consegue passar, é o que relata algumas das pessoas que ali passam diariamente para chegar ao trabalho: - Primeiro de tudo, onde o ônibus me deixa não tem sinal para atravessar, então tenho que andar até lá embaixo, pra depois voltar e atravessar a avenida. É uma dificuldade muito grande, chego a ter tontura em ter que passar por lá, é muito estreito, disse Maria Borges, 31 anos.
- A dificuldade é enorme. Todo mundo e arrisca passando entre os carros, e se você tropeçar e cair na pista, do jeito que os carros vêm, já era, desabafa Michel de Oliveira Souto, 26 anos.
O que não se pode negar é o efeito benéfico que as pontes trariam, pois os pedestres teriam mais segurança ao atravessar, o trânsito, cada vez mais caótico, fluiria melhor principalmente nas vias próximas às pontes (Downtown, Hortifruti), e onde mais se encontra congestionamento nas horas de rush. A pergunta que ecoa é por que todos esses benefícios foram embargados pela alegação de que poderiam atrapalhar os poucos barcos que viessem a atravessar o canal?
Com a mesma pergunta ainda ecoando e sem resposta, o jornal Cidade da Barra contatou o subprefeito da Barra Thiago Mohamed, para falar a respeito desta obra “esquecida”:- “ As pontes foram embargadas há alguns anos atrás por causa da altura para a passagem dos barcos, mas na verdade a gente não tem muito o que comentar sobre o embargo, o que sabemos é que se fosse construídas pontes mais altas, ajudariam muito na questão do tráfego porque ali é um dos pontos mais críticos da Barra. Essas pontes seriam, sim, medidas para a melhora no trânsito da Barra da Tijuca, além de outros projetos paralelos, mas a subprefeitura ainda não tem nada concreto sobre isso, nem se as pontes serão prioridades em investimentos futuros, mas vale frisar que é uma obra muito importante e o quanto antes pudermos fazer, é melhor para a população.”
Vale esperar para ver quem ganha a guerra ao final e ter fé, muita fé, que é o que nós brasileiros temos de sobra, pois não se esqueça: sempre há outras prioridades!
Governantes e governados travam uma velha batalha de opiniões a respeito da construção de duas pontes na Barra da Tijuca
Com o projeto idealizado por moradores, as pontes, de fato, começaram a ser construídas, mas logo embargas por parte de divergências entre os próprios moradores da região. De um lado, há quem defenda as pontes, que funcionariam ligando a Av. Armando Lombardi à Av. das Américas, no sentido que uma ficaria do lado do Hortifruti, que beneficiaria as pessoas que saltassem no ponto de ônibus em frente à academia KS e que seguiriam para o Jardim Oceânico, e a outra ficaria ao lado do Shopping Downtown, que beneficiaria os moradores do conjunto de ilhas, trabalhadores e até turistas. Porém, há quem também seja contra as construções, pois ela bloquearia a passagem de barcos que, por acaso, viessem a atravessar o canal.
Entre a batalha de egos dos moradores, quem sai perdendo, de fato, é o trabalhador que vem de longe, em condições precárias de transporte e ainda tem que arriscar sua vida sobre uma estreita passagem, onde apenas uma pessoa por vez consegue passar, é o que relata algumas das pessoas que ali passam diariamente para chegar ao trabalho: - Primeiro de tudo, onde o ônibus me deixa não tem sinal para atravessar, então tenho que andar até lá embaixo, pra depois voltar e atravessar a avenida. É uma dificuldade muito grande, chego a ter tontura em ter que passar por lá, é muito estreito, disse Maria Borges, 31 anos.
- A dificuldade é enorme. Todo mundo e arrisca passando entre os carros, e se você tropeçar e cair na pista, do jeito que os carros vêm, já era, desabafa Michel de Oliveira Souto, 26 anos.
O que não se pode negar é o efeito benéfico que as pontes trariam, pois os pedestres teriam mais segurança ao atravessar, o trânsito, cada vez mais caótico, fluiria melhor principalmente nas vias próximas às pontes (Downtown, Hortifruti), e onde mais se encontra congestionamento nas horas de rush. A pergunta que ecoa é por que todos esses benefícios foram embargados pela alegação de que poderiam atrapalhar os poucos barcos que viessem a atravessar o canal?
Com a mesma pergunta ainda ecoando e sem resposta, o jornal Cidade da Barra contatou o subprefeito da Barra Thiago Mohamed, para falar a respeito desta obra “esquecida”:- “ As pontes foram embargadas há alguns anos atrás por causa da altura para a passagem dos barcos, mas na verdade a gente não tem muito o que comentar sobre o embargo, o que sabemos é que se fosse construídas pontes mais altas, ajudariam muito na questão do tráfego porque ali é um dos pontos mais críticos da Barra. Essas pontes seriam, sim, medidas para a melhora no trânsito da Barra da Tijuca, além de outros projetos paralelos, mas a subprefeitura ainda não tem nada concreto sobre isso, nem se as pontes serão prioridades em investimentos futuros, mas vale frisar que é uma obra muito importante e o quanto antes pudermos fazer, é melhor para a população.”
Vale esperar para ver quem ganha a guerra ao final e ter fé, muita fé, que é o que nós brasileiros temos de sobra, pois não se esqueça: sempre há outras prioridades!