
Projeto visa reduzir os acidentes que em 2008 mataram 2.500 pessoas e deixaram 30.000 feridas
Larissa Gobbi
A Secretaria de Estado de Governo lançou nesta quinta-feira 19/03, a volta da Operação Lei Seca, uma ação educativa e de fiscalização, que vai abranger bairros da capital e de municípios da Região Metropolitana. Ao todo serão seis equipes formadas por policiais militares, policiais civis, agentes da Polícia Rodoviária Federal, fiscais da Secretaria de Estado de Governo, além de voluntários como estudantes de medicina e cadeirantes vítimas de acidentes de trânsito, que participarão durante toda a fiscalização, indo a bares e restaurantes e contarão como efetivamente sofreram com a imprudência no trânsito. Participarão também da operação o Detran, a CET-Rio, a UERJ, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, a ONG Trânsito Amigo e o Sindicato dos Taxistas do Município do Rio de Janeiro.
As ações serão desenvolvidas nas vias com maior número de acidentes – como, por exemplo, as avenidas Brasil e das Américas - duas campeãs de colisões e atropelamentos, e perto de locais com grande concentração de pessoas à noite, como bares, restaurantes, casas noturnas, principalmente nos seguintes bairros: Méier, Tijuca, Vila Isabel, Lapa, Gávea, Leblon, Barra e Campo Grande; e em regiões de Niterói, Caxias e Nova Iguaçu. A princípio, a operação ocorrerá entre quinta-feira e domingo, e durante o dia nas praias, conscientizando as pessoas que ali fazem uso de bebidas alcoólicas e saem dirigindo. A divulgação ocorrida nesta quinta, ocorreu na Av. das Américas (altura do bar Conversa Fiada) e contou com a presença do subsecretário de Estado de governo e coordenador da operação Lei Seca, Carlos Alberto Lopes, que falou com exclusividade ao Cidade da Barra sobre o projeto imposto: - “De cada 180 milhões de brasileiros, 8 milhões sofrem colisões ou algum tipo de transtorno no trânsito. Temos 1 milhão e meio de registros de acidentes graves no trânsito, 380.000 pessoas feridas gravemente e 200.000 internadas, isto custa ao Brasil, por ano, 22 bilhões de reais, que é 1% do PIB que é de 2 trilhões e 588 bilhões de reais. Com 22 bilhões nós construiríamos 550 hospitais de referência, ao custo de 40 milhões cada um e contrataríamos 1 milhão e 540.000 médicos em início de carreira, com salário inicial de 1.500 reais. Seriam feitas 700.000 casas populares de 2 quartos cada, ao preço de 31.600 reais. Morrem por dia no trânsito 135 pessoas. Esta situação é muito grave e a sociedade não se deu conta disso ainda, e por isso o projeto permanecerá até o último dia de gestão governamental”, disse o subsecretário.