sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

PRESSÃO CONTRA MOTOS

A Polícia Militar quer mesmo dar um basta à ação de assaltantes em motos pelas vias públicas do Rio e, depois de uma forte apreensão na Cidade de Deus e ações em Bangu, a decisão
da Secretaria de Segurança é conter o crime que está sendo praticado sobre duas rodas. Na linguagem policial o controle é para acabar com a ação dos que passaram a ser conhecidos como
durante o dia Mototáxi e à noite Motobonde. As primeiras blitzes ocorreram depois de um assalto ao médico Lídio Toledo Filho, em plena noite de Reveillon, quando foi atacado em seu
Honda Fit com a mulher. Dois, homens, numa motocicleta, anunciaram o assalto na Rua Raimundo Castro Maia e, para escapar, o médico acelerou o carro, mas foi baleado. O piloto era
menor de idade.
Os motoqueiros, em sua maioria, são trabalhadores ou utilizam as motos para passeios e viagens pelas estradas. Só que alguns abusam nas velocidades entre os carros, provocam acidentes
e outros até são vítimas fatais, tamanha a imprudência. Há registros de mortes à luz do dia, como o de um motoqueiro atingido por um veículo no meio do ano em plena Avenida Nelson Cardoso, na Taquara.
Outros casos ocorrem com freqüência na estreita Rua Cândido Benício. Boa parte força passagem entre os veículos acelerando e buzinando com insistência.
De acordo com o Sindicato dos Empregados Motociclistas do estado do Rio de Janeiro o número de motoqueiros atualmente é de 40 mil, com um acréscimo de 15% a partir de 2007. Muitos são empregados de restaurantes e pizzarias – cerca de 1700 empresas incluindo aí firmas de entrega de valores e serviços. À parte existem os motoqueiros clandestinos, que não usam capacetes,
rodam com documentação irregular e veículos em precárias condições. Não raro menores pilotam as motos para todos os fins, inclusive
para o tráfico.